É comum lermos reportagens sobre diversos jovens que se inscrevem os concursos da polícia civil. Ao entrar na polícia, muitos desses jovens descobrem um “mundo” muito pior que imaginava. O mais importante é ter a noção que polícia lida na maioria do seu tempo com o que há de pior em uma sociedade, pai que mata filha, filho que mata a mãe, irmãos que brigam e se matam por herança, etc.
A resiliência do policial é fundamental para que ele não incorpore as péssimas situações que presencia em seu cotidiano. É preciso que haja essa capacidade para após um dia normal de trabalho, em que se vivencia situações adversas, como pessoas em surtos, enfermas, embriagadas, etc., o policial chegue em casa e tenha um convívio decente com sua família e amigos.
Ao natural, o policial vai adquirindo uma certa frieza para tratar os diversos problemas que surgem na Delegacia. Imaginem vocês, se o policial trouxesse para si, as situações peculiares e degradantes que presencia diariamente??? Certamente, carregaria consigo uma carga emocional que o prejudicaria socialmente, afetando, inclusive, a sua própria saúde.
São tantas as informações que recebemos, tantas situações que presenciamos, que a paciência e calma são sentimentos que precisam nortear a personalidade do policial. É com muita calma que se resolvem os problemas das pessoas que procuram uma Delegacia de Polícia.
Nossos dias não são iguais. Não há rotina em nosso trabalho, por isso, toda e qualquer situação precisa ser trabalhada com muito equilíbrio nas nossas emoções, para que não prejudiquemos quem nos viu como último recurso para solucionar seus problemas.