Home Torres Céu de Torres recebe 100 balões no 35º Festival Internacional de Balonismo; entenda como funciona a competição

Céu de Torres recebe 100 balões no 35º Festival Internacional de Balonismo; entenda como funciona a competição

por Melissa Maciel

Maior evento do Hemisfério Sul em número de balões, o festival contará com provas competitivas, prêmios de até R$ 100 mil e organização técnica complexa coordenada por Lasier França.

O céu de Torres promete um espetáculo inédito a partir desta quinta-feira (1º/05), com o início da competição técnica do 35º Festival Internacional de Balonismo em Torres. Pela primeira vez, o evento deve reunir 100 balões em atividade, consolidando-se como o maior festival do gênero no Hemisfério Sul. A confirmação do número oficial de participantes foi feita durante o briefing geral às 14h de quarta-feira (30). Segundo o diretor de provas, Lasier França, “teremos mais balões que o próprio campeonato mundial”, afirmou empolgado.

Durante a manhã de quarta-feira (30), um voo-treino com 40 balões já deu um vislumbre do que está por vir. “Eu fiquei arrepiado só com esse voo. Imagina amanhã, 100 balões no céu de Torres! Vai ter, vai ter sim”, garantiu Lasier em entrevista para a Rádio Maristela, na quarta-feira (30).

Além dos balões convencionais, o evento contará com balões de forma — os famosos shapes — que somam cerca de 10. A infraestrutura do festival precisará lidar com a movimentação intensa, tanto no espaço aéreo quanto no Parque do Balonismo. Para isso, a organização já prevê decolagens em grupos, especialmente nas tardes festivas, a fim de evitar congestionamentos no solo e no céu.

COMPETIÇÃO TÉCNICA

A parte competitiva do festival será realizada exclusivamente nas manhãs, com voos programados a partir das 6h45, horário em que os balões podem decolar com a primeira luz do dia. A agem sobre o Parque do Balonismo, ponto de referência para os espectadores, deve ocorrer entre 7h15 e 7h30.

“Quem quiser ver tudo de perto, o ideal é estar no parque às sete da manhã com seu chimarrão”, aconselha Lasier.

Estão previstas de oito a doze provas ao longo dos quatro dias de competição, com até três provas por manhã, dependendo das condições climáticas. A precisão das tarefas é impressionante. No voo-treino, marcas jogadas por pilotos ficaram a menos de 25 centímetros do alvo. “O pessoal está muito afiado”, comentou Lasier.

As provas envolvem diferentes alvos e estratégias, e são definidas no início de cada dia. A equipe técnica, liderada por Lasier e formada por 15 integrantes, analisa a direção e a velocidade do vento com a ajuda de drones e mapas digitais.

“O balão é levado pelo vento. O sistema de pouso dos balões é o SDS: Só Deus Sabe”, brinca o diretor Lasier.

A previsão para o primeiro dia é de vento tradicional, favorecendo o trajeto entre a região do campo de voo chamado de Igrejinha, no bairro Salinas, e o Parque do Balonismo, com possibilidade de pouso na praia.

PREMIAÇÃO

Com uma premiação total de aproximadamente R$ 300 mil, o Festival de Torres oferece os maiores prêmios do mundo em eventos de balonismo. No sábado, será disputada a tradicional prova da chave com um maçarico no valor de R$ 30 mil. No domingo, a disputa será ainda mais acirrada: um carro zero quilômetro, avaliado em cerca de R$ 100 mil, estará em jogo.

“As provas são festivas à tarde, não valem pontos, mas são um show à parte para o público”, explicou Lasier. A competição oficial vale pontos apenas nas manhãs, e o título será decidido com base na soma dos desempenhos técnicos nas tarefas propostas.

A cidade de Torres conta ainda com uma forte representação local: cerca de 50 dos quase 100 pilotos são da própria região. “É como um campeonato brasileiro: temos favoritos, mas qualquer um pode surpreender”, avalia Lasier.

O atual campeão brasileiro, João do Balão, é apontado como o nome a ser batido nesta edição. “Ele está um degrau acima, mas são milímetros, não metros”, pondera.

LOGÍSTICA

Para garantir a lisura das provas, cada alvo contará com cinco a seis fiscais. Eles observam o comportamento dos balões durante o voo, monitoram a segurança, impedem interferências no solo e realizam a medição exata das marcas lançadas pelos pilotos.

“Cem marcas demoram mais de uma hora para serem medidas. E tem criança que acha que é brinquedo e leva embora!”, alertou Lasier.

Apesar da complexidade técnica e dos desafios logísticos, a paixão e o envolvimento da comunidade fazem o evento acontecer.

“É difícil encontrar gente para acordar cedo, mas temos uma equipe dedicada. E ainda vamos ensinar os novatos que entraram agora”, reforça.

ORGULHO LOCAL

O Festival Internacional de Balonismo de Torres não é apenas um evento turístico — é um símbolo da cidade.

“É um orgulho para todos nós saber que estamos na terra do maior festival de balonismo do Hemisfério Sul”, disse Lasier. A visibilidade do evento atrai pilotos de todo o Brasil e do exterior, consolidando a cidade gaúcha como referência mundial no esporte.

Com o clima colaborando, provas emocionantes e recorde de participantes, a 35ª edição do festival promete entrar para a história. Para quem quer vivenciar tudo de perto, o conselho é simples: chegue cedo, prepare o chimarrão e olhe para o céu. O espetáculo vai começar.

Mas se você não puder estar no Parque, não tem problema. Sintonize a Rádio Maristela 106.1 FM e acompanhe a cobertura completa, com estúdio móvel direto do local e uma equipe dedicada de locutores, jornalistas e colaboradores levando até você todas as informações e emoções do Festival. Afinal, somos a Rádio de Todos os Festivais — com orgulho, presentes desde a primeira edição!

FOTOS: ARQUIVO RÁDIO MARISTELA

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