A demora da construção da ponte pênsil afeta diretamente a economia local.
No dia 20 de fevereiro de 2024, completará um ano do incidente na ponte pênsil que conecta os municípios de o de Torres/SC e Torres/RS, resultando em uma vítima fatal e dezenas de feridos. A reconstrução da ponte pênsil, a apenas três meses do início da temporada de verão 2023/2024, permanece incerta.
Em maio deste ano, o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, anunciou a alocação de R$ 750 mil para a reconstrução da estrutura, correspondendo ao valor indicado na planilha orçamentária divulgada pelo Município em abril de 2022, como o custo total da obra orçado em R$ 749.342,07.
De acordo com o prefeito em exercício, Altemir Cardoso, a gestão municipal abriu dois processos licitatórios, porém sem empresas interessadas. Outra complicação enfrentada apontada por Cardoso foi a falta de empresas com experiência em projetos desse tipo de ponte.
“Agora estamos em busca de uma empresa com experiência na construção de ponte pênsil, mas ainda enfrentamos dificuldades devido à falta de atratividade financeira. Se o Município de Torres pudesse contribuir com uma parte, a situação seria mais favorável”, afirmou o prefeito em exercício.
O prefeito de Torres, Carlos Souza, confirmou que a istração de o de Torres o procurou, apresentando o projeto da nova ponte pênsil e solicitando assistência financeira para colaborar com os custos da obra. O prefeito informou que está em busca de recursos para contribuir com a construção, mas ressaltou que o projeto ainda precisa ser licenciado, e que a construção a tempo para o próximo verão só será possível se a contratação for realizada rapidamente.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de o de Torres, Antônio Silveira (Tonhão), reconhece que muitos comerciantes foram afetados pela queda da ponte e enfrentam dificuldades para manter seus negócios devido à demora na construção da nova ligação entre os municípios.
Em entrevista para a Rádio Maristela em abril deste ano, a gerente de um comercio em frente ao o a ponte, Dione Oliveira Machado, afirmou que a localização do comércio próximo da ponte sempre foi prioridade. “Sempre quisemos esse ponto, por ser em frente a ponte, pois muitos turistas atravessavam para conhecer o o (de Torres) e agora eles não vêm, pois, a ponte de concreto é muito longe”. Ela ressalta que o faturamento caiu drasticamente desde a queda da ponte, “posso te garantir que o nosso faturamento caiu mais de 50%”.
Ainda existem dúvidas em relação ao assunto, incluindo questões como se a estrutura será completamente substituída por uma nova ponte ou se ará por uma reforma da estrutura antiga. Além disso, permanece a incerteza sobre o início das obras e se estas serão concluídas a tempo para a próxima temporada de verão.
Em resposta a essas questões, o gabinete do Prefeito de o de Torres emitiu a seguinte nota: “A Prefeitura de o de Torres informa que o projeto da ponte pênsil foi divulgado à comunidade. Os recursos para execução foram solicitados ao Governo do Estado de Santa Catarina, e aguardamos a liberação para a realização da obra. Quanto aos inquéritos ou processos em curso, os agentes públicos não farão pronunciamentos, pois essas questões estão sob a jurisdição do poder judiciário.”
O projeto
O projeto da nova ponte, disponibilizado em maio deste ano pelo prefeito do município, Valmir Rodrigues, deve manter o mesmo modelo da ponte que existia na cidade há cerca de 59 anos. A nova ponte manterá sua característica principal de balançar de acordo com os movimentos de quem a atravessa.
A primeira ponte pênsil foi construída em 1964. Em 1985, ou por uma renovação e ganhou a estrutura feita com madeira e sustentada por cabos de aço. Em 2014, os municípios de o de Torres/SC e Torres/RS se uniram em nova manutenção, após período de interdição.
Até o início da temporada 2023/2024, um dos principais pontos turísticos procurados por visitantes de o de Torres e Torres permanece em dúvida quanto à sua construção. Além disso, a população que depende dessa conexão entre os municípios para encurtar a distância entre suas residências e seus locais de trabalho, estudo, comércio, serviços e lazer, continua desassistida.
