Home Diocese de Osório Dom Jaime compartilha como tem sido a missão em Moçambique e destaca fé e generosidade do povo macua

Dom Jaime compartilha como tem sido a missão em Moçambique e destaca fé e generosidade do povo macua

por Melissa Maciel

Bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, cumpre agenda intensa na Diocese de Nampula e acompanha de perto o Projeto Igrejas Solidárias, promovido pelo Regional Sul 3 da CNBB.

Dom Jaime Pedro Kohl, bispo da Diocese de Osório e referencial para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial no Regional Sul 3 da CNBB, está em Moçambique desde o último dia 14 de maio, onde cumpre uma série de compromissos relacionados ao Projeto Igrejas Solidárias. A iniciativa, que há mais de 30 anos mantém presença missionária no país africano, é fruto da parceria entre o Regional Sul 3 da CNBB e a Arquidiocese de Nampula.

A viagem missionária de dom Jaime tem como principais objetivos o acompanhamento à missão e aos missionários brasileiros que atuam na região, além do fortalecimento do vínculo institucional entre a Igreja do Rio Grande do Sul e a Arquidiocese moçambicana. Entre as ações programadas, destacam-se o encontro com o arcebispo de Nampula, dom Inácio Saúre, a visita às paróquias de Larde e Micane, ambas sob responsabilidade da equipe missionária do projeto, bem como o acompanhamento dos projetos sociais locais, como o Murima wa Mwana, a Biblioteca Watana e o Lar Vocacional.

IMPRESSÕES QUE MARCAM

Em entrevista concedida à Rádio Maristela na última quarta-feira (21), dom Jaime compartilhou suas impressões sobre a missão. “É um momento assim de aproximar, de estar junto com a nossa equipe missionária, estar junto com o povo, encontrar com eles, escutar seus desafios, suas vontades. É uma dinâmica muito simples, de gente pobre, mas de gente boa, de fé, com caminhada e compromisso”, afirmou o bispo, emocionado com a recepção calorosa e a fé vibrante do povo macua.

Acompanhando dom Jaime na missão, estão o leigo Benedito Salvador Ataguile, da Diocese de Osório, e o padre Henrique Neis, da Diocese de Novo Hamburgo, que atuam em Moma. Também integra a equipe o padre Josemar Silva, do Regional Sul 4 (Santa Catarina), responsável pela paróquia de Larde. A expectativa é de que, em junho, o grupo receba o reforço do padre Mauro Argenton, da Diocese de Frederico Westphalen, com chegada prevista para o dia 17.

Dom Jaime relatou que, logo após a chegada, participou de celebrações em comunidades locais, como em Micane e com as Irmãs Filhas do Amor Divino, que também atuam na missão. “As celebrações aqui são longas, muito animadas, com muitos cantos. O tempo a e a gente quase não percebe. É impressionante a alegria com que esse povo vive a fé”, disse.

Mesmo diante das dificuldades enfrentadas em Moçambique, especialmente nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, dom Jaime ressalta a força e a generosidade da população. “Há muita precariedade, especialmente no campo da educação, da saúde, da logística. As estradas são muito difíceis, principalmente agora, após o período de chuvas. Mas o que impressiona é a generosidade desse povo, que dá com alegria aquilo que às vezes nem poderia dar”, relatou.

Durante uma das celebrações, os missionários receberam doações de alimentos como feijão e amendoim, oferecidos com grande entusiasmo pelas comunidades. “Foi emocionante ver a fila das pessoas com suas bandejas, partilhando o pouco que têm com alegria. É uma verdadeira lição de vida para nós”, contou o bispo.

Além do aspecto espiritual, o trabalho da missão também se estende à educação e à formação humana. O leigo Benedito Salvador, carinhosamente chamado de “professor Benê”, realiza um trabalho destacado na área educacional, com reforço escolar e atividades integradas à ecologia. Dom Jaime elogiou sua atuação: “É uma pessoa especialíssima, muito organizada, que une ensino com biologia e sustentabilidade. Faz um trabalho belíssimo.”

Nos últimos dias, o bispo participou de celebrações na região de Jagoma, pertencente à paróquia de Micane, além de visitar o Lar Vocacional e reunir-se novamente com lideranças locais. A visita de dom Jaime tem duração de duas semanas. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 27 de maio, com chegada a Porto Alegre na noite do dia 28, quarta. 

Ao concluir sua fala, dom Jaime reiterou o compromisso da Igreja do Rio Grande do Sul com a missão em Moçambique. “A missão não é turismo, não é eio. É serviço. Viemos aqui a serviço da Igreja e do povo macua, com alegria e confiança. Contamos com a oração e o carinho de todos, pois a missão se faz com os pés de quem parte, as mãos que oram e os corações que partilham.”

O Projeto Igrejas Solidárias, criado em 1994, já enviou mais de 70 missionários e missionárias a Moçambique. A presença da Igreja gaúcha na África é um testemunho de solidariedade, fé e compromisso com o Evangelho vivido em contextos de profunda vulnerabilidade e esperança.

(LEIA na Íntegra, em: jornaldomar-br.diariodoriogrande.com )

FOTOS: PROJETO IGREJAS SOLIDÁRIAS

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