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Eleições à vista

Os tempos são outros e nós também não somos os mesmos.

É desse jeito que vamos para mais um ano onde as forças políticas da região são desafiadas a novas disputas.

ados estes meses de férias os municípios começam a ser agitados pela articulação de nomes e apoios para o pleito de outubro. Antes mesmo de olhar para projetos e propostas a adrenalina é construída em torno de nomes. Quem serão os candidatos e candidatas?

Até aí, nada de novo.

O que será novo nestas eleições é a possibilidade de tornar estas disputas locais em um trampolim para o que poderá ser o desenho das próximas eleições de 2026. Alguns analistas já estão se perguntando até que ponto as eleições vão se pautar pelos problemas locais.

Não tem como negar que vivemos um momento de intensa polarização ideológico-política. E não é uma constatação apenas local. Em alguns municípios a polarização em disputa pelas prefeituras sempre esteve presente. Mas o que estamos vivenciando é algo muito maior.

Num documentário, ainda recente, intitulado “O Dilema das Redes”, aparece uma constatação de que estamos sendo constantemente induzidos, pelas redes sociais, a mergulhar em disputas polarizadas. Porque assim somos mais facilmente cooptados a permanecer conectados. A polarização é instrumentalizada para controlar nossa atenção. E o campo político partidário é um prato cheio.

Por não sermos tão adeptos da política, a polarização aparece disfarçada numa luta entre o bem e o mal onde o mal sempre está do outro lado, é claro. Um inimigo que precisa ser vencido. Jogado para o campo da disputa política, é importante ir logo construindo a imagem do adversário como o portador do mal. Nisto consiste a polarização destes novos tempos. Um risco muito grande que poderá nos afastar da verdadeira arte da política que é a discussão das melhores propostas de governabilidade. Aplicada a realidade local, é a chance de discutir os problemas e soluções também locais, mas o risco é a superficialidade em nome de uma polarização projetada para 2026.

Este horizonte 2026 não podemos perder de vista, no entanto não pode ser a tônica do debate. Vamos ter que pensar mais esta situação.

Aos desavisados, cuidado. Pensar pode doer.

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