Ao longo da minha vida policial e, principalmente, após o ingresso na carreira de Delegado de Polícia, tenho batalhas praticamente diárias em relação à importância de possuirmos uma Delegacia de Polícia estruturada.
A maioria das pessoas cresceu vendo filmes e novelas com cenas degradantes de um ambiente policial. Nos acostumamos a assistir Delegacias de Polícia com um ventilador de teto barulhento e lento, uma máquina de escrever, pouca iluminação, enfim, um ambiente confuso e hostil. Além disso, era comum assistirmos cenas de violência dentro da Delegacia, policiais truculentos, mal educados e impacientes. Felizmente, nos dias atuais, os policiais civis não possuem mais esses comportamentos, sendo necessário agora aprimorarmos a outra parte a fim de entregarmos um serviço mais qualificado.
É comum lermos reportagens de inauguração de uma Delegacia de Polícia moderna, com estrutura para acolher o cidadão, bem como oferecer aos policiais civis um ambiente de trabalho saudável para que todo dia haja uma atuação policial de excelência. Quase sempre essas novas DPs possuem a participação do Poder público municipal, seja o Executivo, seja o Legislativo.
É comum, também, ocorrer pelo Poder Judiciário as doações de valores oriundos das execuções penais, sendo função do Delegado de Polícia, através do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), fazer o cadastro e projeto para que haja a homologação e posterior utilização desse dinheiro, que é público. Este fato aconteceu recentemente, quando tivemos a reforma do plantão da Delegacia de Polícia de Torres.
Por isso, afirmo que a segurança pública não é e não pode ser vista como atribuição privativa do Estado. Havendo a possibilidade de oferecer uma estrutura melhor, não há outra alternativa que não seja o apoio aos órgãos de segurança pública.
São os agentes públicos que ali trabalham que garantem efetivamente o nosso direito de ir e vir, o nosso direito à propriedade, dentre outros. Só depende de nós para tornarmos a cidade de Torres não só a mais bonita do Estado do RS, mas também a mais segura.
Destaque_Contracapa:
“A segurança pública não é e não pode ser vista como atribuição privativa do Estado.”