Na última segunda-feira (30), por volta das 13h30min, foi confirmado o óbito de um jovem de 20 anos que se banhava com a irmã, de 21 anos, em uma área sem guarda-vidas e sinalizada com bandeira preta, indicando ser uma zona proibida para banho, na Prainha, em Torres.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros Militar, os dois jovens foram resgatados do mar por volta das 11h. A jovem foi retirada rapidamente da água pelos guarda-vidas, sem complicações para a sua saúde. Já o jovem foi encontrado após permanecer submerso por um longo período, sendo resgatado com o auxílio de uma moto aquática. Na areia, ele recebeu manobras de reanimação devido a uma parada cardiorrespiratória e, em seguida, foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Apesar de ser intubado e mantido na UTI em estado grave, ele veio a óbito no início da tarde.
De acordo com o sargento Jeferson França, coordenador da Associação dos Bombeiros Militares, o jovem apresentava grau 6 de afogamento, o mais severo, com possibilidade de danos graves à saúde em razão da parada cardiorrespiratória.
LOCAL PROIBIDO PARA BANHO
O afogamento ocorreu quando os dois banhistas entraram em uma área não autorizada para banho na Prainha. Segundo informações do CBMRS, o incidente aconteceu próximo às bandeiras pretas, que sinalizam perigo e proibição de banho. Essas bandeiras são colocadas nas extremidades da praia para alertar os banhistas sobre os riscos. É recomendado que o banho ocorra apenas nas proximidades das guaritas de guarda-vidas. Apesar da sinalização, os dois acabaram se afogando, resultando no resgate de ambos, com o jovem em estado grave.
GRAU 6 DE AFOGAMENTO
O grau 6 de afogamento é a classificação mais grave na escala de severidade de afogamentos, conhecida como Drowning Severity Classification. Essa escala é amplamente utilizada por profissionais de saúde e salvamento para avaliar a gravidade do afogamento, variando de 1 (leve) a 6 (muito grave).
No grau 6, a vítima sofre parada cardiorrespiratória devido à falta de oxigênio durante o tempo submerso. Isso implica ausência de sinais vitais no momento do resgate (pulso e respiração), necessidade imediata de reanimação cardiopulmonar (R) e alto risco de danos permanentes ao cérebro e a outros órgãos em decorrência da hipóxia prolongada (falta de oxigênio).
OPERAÇÃO VERÃO
Desde o início da Operação Verão, em 21 de dezembro, foram registradas duas mortes por afogamento em águas salgadas no Rio Grande do Sul, sendo a mais recente confirmada na segunda-feira (30), em Torres. O primeiro caso foi registrado na manhã do mesmo dia, em Arroio do Sal.
Além disso, quatro afogamentos fatais ocorreram em águas doces, todos registrados em locais não autorizados para banho.