Home Saneamento Semana da água 2024: satélite que busca água em marte procura vazamentos ocultos no Rio Grande do Sul

Semana da água 2024: satélite que busca água em marte procura vazamentos ocultos no Rio Grande do Sul

por Nicole Corrêa Roese

Uma revolução tecnológica está transformando a maneira como o Rio Grande do Sul lida com suas perdas de água potável. Estudos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) demonstram que, no Estado, há uma perda de 41,6% da água que sai das estações para residências. O RS recebe agora a ajuda de um satélite equipado com tecnologia israelense, originalmente concebido para buscar água em Marte, para identificar vazamentos em sua rede de abastecimento de água tratada. Esse equipamento avançado, munido de softwares inteligentes acoplados a radares, escaneia o subsolo com precisão através da emissão de microondas, identificando água potável em contato com o solo até 3 metros de profundidade através do cloro dissolvido e da condutividade elétrica, diferenciando-a de água bruta, como a proveniente de lençóis freáticos, rios subterrâneos ou poços artesianos.

Uma vez mapeados os possíveis pontos de vazamento, equipes operacionais entram em ação utilizando geofones ultrassensíveis para localizar e confirmar os vazamentos indicados pelo satélite. Esse método não só agiliza o processo, realizando a identificação de vazamentos na área verificada em um tempo 85% menor (de 18 para 3 meses), mas também oferece uma precisão acima de 90%(dos 3,3 mil km de logradouros onde há redes Corsan, 330 km foram apontados com problemas pelo satélite), eliminando a necessidade de quebrar pavimentações para encontrar a fonte do problema.

Anteriormente, a busca por vazamentos ocultos era um trabalho meticuloso e demorado, exigindo equipes percorrendo ruas com geofones. Agora, com essa tecnologia, o processo é mais ágil e eficiente, o que é crucial, pois quanto mais rápido o problema for resolvido, menores serão as perdas de água.

Os trabalhos no estado começaram pela Região Metropolitana de Porto Alegre, (Viamão, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e Canoas) percorrendo mais de 3,3 mil quilômetros de redes de água. Dessas, 330 quilômetros apresentaram indícios de vazamento. Se não fosse pela tecnologia do satélite, se levaria cerca de um ano e meio para chegar a esses resultados. Agora, com base nesses dados, a área identificada será investigada com geofones para reparar as fugas de água de forma eficaz. Na região metropolitana, cerca de 60% da água potável é perdida antes de chegar às torneiras abastecidas pela Corsan, índice acima da média Brasil (40%).

Texto e foto: Ascom CORSAN

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