Home Torres Suspeito de matar instrutor em assalto em Torres é foragido com 17 anos de pena a cumprir

Suspeito de matar instrutor em assalto em Torres é foragido com 17 anos de pena a cumprir

por Melissa Maciel

A Força Tática da Brigada Militar prendeu, no final da manhã da última terça-feira (27), o principal suspeito de ter cometido o latrocínio, roubo seguido de morte, que vitimou Murilo Barreto, de 38 anos, instrutor do Centro de Formação de Condutores (CFC) em Torres. A prisão ocorreu poucas horas após o crime, graças ao trabalho conjunto entre a Brigada Militar, a Polícia Civil e a colaboração de moradores da cidade.

Segundo o delegado titular de Polícia Civil de Torres, Marcos Vinicius Muniz Velozo, o inquérito foi concluído e remetido ao Judiciário na última quinta-feira (29).

“O inquérito policial foi remetido hoje. Algumas diligências ficaram pendentes, mas temos prazo legal e já o enviamos indiciando o suspeito por latrocínio”, informou o delegado. Ele acrescentou que o homem é natural de Praia Grande (SP) e que houve resistência no momento da prisão. “Ele já tem uma condenação por tráfico, associação para o tráfico e, se não me engano, porte ilegal de arma. É uma sentença com pena total superior a 17 anos”, completou o delegado.

O suspeito foi localizado na região da entrada da cidade de Torres, em uma área conhecida por abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Foi detido com base em imagens de câmeras de monitoramento e informações readas por populares. Ele está agora preso preventivamente.

ENTENDA O CASO

O crime ocorreu por volta das 6h da manhã, quando Murilo seguia a pé para o trabalho e falava ao telefone com o pai. Ele foi abordado por um indivíduo que estava de bicicleta, na Avenida José Bonifácio, esquina com a Rua Augusto Krás Borges, próxima ao centro. De acordo com a Brigada Militar, durante uma troca de empurrões, o suspeito desferiu um golpe de faca no peito de Murilo, que tentava se esquivar da abordagem.

Mesmo ferido, Murilo ainda conseguiu caminhar por cerca de uma quadra até a Rua Balbino de Freitas, onde caiu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o instrutor já estava sem vida quando os socorristas chegaram.

A área foi isolada para o trabalho dos peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A Polícia Civil analisou imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos e residências próximas para traçar o trajeto do suspeito e consolidar as provas do inquérito.

A delegada Juliana Lopes, responsável inicial pelo caso, confirmou que o autor do crime roubou o telefone celular da vítima, o que caracteriza latrocínio, um dos crimes mais graves previstos no Código Penal. “A linha de investigação é clara. Trata-se de um roubo seguido de morte, e a resposta rápida à prisão é resultado da mobilização eficaz das forças de segurança e da comunidade”, afirmou.

COMUNIDADE COMOVIDA E EM LUTO

A morte de Murilo gerou forte comoção entre moradores, colegas de trabalho e alunos do CFC onde ele atuava. Descrito como uma pessoa tranquila, prestativa e dedicada, Murilo era querido na cidade. A direção do Centro de Formação de Condutores suspendeu as atividades na terça-feira em sinal de luto e divulgou uma nota lamentando a tragédia.

Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens e manifestaram indignação diante da violência.

POPULAÇÃO DE RUA

A crescente presença de pessoas em situação de rua no centro de Torres tem gerado tensão entre moradores e comerciantes, que pedem ações mais efetivas de segurança e assistência social. Embora haja percepções de aumento da criminalidade associada a essa população, especialistas reforçam a necessidade de políticas públicas inclusivas, que garantam dignidade e evitem estigmatizações.

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