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Ufa! Agora é Lei.

por Nicole Corrêa Roese

Neste último dia 13, foi sancionada pelo Presidente Lula a lei que proíbe o uso de aparelhos celulares durante as aulas, intervalos e recreios. As novas diretrizes aplicam-se a todas as etapas da educação básica: séries iniciais, fundamental e médio.

Percebo que era algo esperado e, por isso, comemorado por muitos pais e profissionais da educação. O principal argumento para justificar esta decisão está em consonância com pesquisas e dados estatísticos que apontam a dependência às telas como um grande vilão no foco das aprendizagens.  Não se trata apenas de baixos índices de aproveitamento no processo de conhecimentos senão também um elemento de comprometimento na saúde emocional e social de crianças e adolescentes.

Não foram necessárias muitas pesquisas para tal percepção. Pais e professores já estavam apontando esta certeza pela experiência construída nos espaços escolares. Uma realidade que estava gerando incômodo. Mas sem amparo legal para atitudes de enfrentamento.

No espaço familiar da casa, uma mãe, pai ou pessoa responsável não precisam recorrer à lei para implementar o controle no uso destes aparelhos. Basta estabelecer princípios, regras e limites. E, claro, nada melhor do que combinações assumidas com cumplicidade e compreensão mútua. Uma atitude muito pouco recorrente.

No espaço das escolas, sejam elas públicas ou privadas, a ação é mais complexa. Porque entra em cena o direito das individualidades. Basta que apenas algumas exceções reivindiquem o direito do que não está proibido para que a maioria tenha que se submeter ou se “aproveitar”. Aí é que entra a lei. É preciso “proibir”. E aqui, proibição é reflexo da ausência de bom senso e maturidade para decisões.

Kant – filósofo do século XVIII, já nos provocava ao afirmar que é mais cômodo viver no que ele chamou de menoridade do pensamento.

“A menoridade é a incapacidade de fazer uso do entendimento sem a condução de um outro. O homem é o próprio culpado dessa menoridade quando sua causa reside não na falta de entendimento, mas na falta de resolução e coragem para usá-lo sem a condução de um outro… É cômodo ser menor…Não preciso pensar, se puder pagar outros prontamente assumirão por mim o trabalho penoso…”

(I. Kant – o que é ilustração?)

Vejo que aqui este “outro” é a lei tão esperada.

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